Caminhos errados, abandonados e ruins


Na área urbana da capital Managua, mais uma vez com tanta conturbação, fomos erroneamente instruídos a pegar uma estrada, que diziam nos conduzir a fronteira com El Salvador, e depois de andar uns 20 km, a estrada simplesmente foi desaparecendo e os buracos como verdadeiras crateras tomando conta, e íamos diminuindo nossa velocidade ate ficar andando a 20 km/h, e era tarde pra voltar, pois além de ter caminho ruim de volta, ainda não sabíamos quanto restava pela frente, e foi quando Hans se encontrava parado, descansando um pouco de tanto lutar pra livrar-se de buracos, que passou e parou um senhor numa caminhonete e ficamos sabendo que havíamos pego a estrada velha e abandonada, mas que restavam apenas mais 20 km e melhoraria.

Foi preciso mais de 1 hora para andar esses poucos quilômetros e éramos sempre observados, por camponeses pobres e esquecidos, daquelas paragens desertas, impressionados com as maquinas, e provavelmente desentendidos do por que, daqueles dois “Extras Terrestres”, estarem por aquelas bandas. Com certeza também se divertiam rindo da nossa cara por concluírem que estávamos perdidos. Fotografei e mando pra vocês um casal, companheiros de solidão que nos observavam nessa situação.

Chegamos à pequena e histórica cidade de Leon, onde na porta do charmoso e antigo hotelzinho de nome “Balcones”, tive também a sorte de entrevistar um senhor nativo da região que me contou a importância de sua cidade como lugar de guerreiros e revolucionários. Então perguntei: - guerra contra a escravidão e pela liberdade? E imediatamente Hans entrou na conversa e completou: - ou guerra contra os tantos ditadores? Ele prontamente respondeu: - “Contra los dos por ser inimigos iguales“...

Do lado esquerdo, sempre a oeste, as aguas do Pacifico novamente se faziam ouvir em ondas escuras e geladas.

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