Perto de nossa meta...


Oh, que estrada mais comprida, que légua tão tirana, ai, se eu tivesse asa, Inda hoje eu via Ana.
Tô voltando estropiado, mas alegre o coração, varei mais de vinte serras, alpercata e pé no chão.
Mesmo assim, como inda farta, pra chegar no meu rincão.
Trago um terço pra das dores, pra Reimundo um violão
E pra ela, e pra ela, trago eu e o coração “... (Gonzagão).

Um dos sintomas que nossa aventura esta chegando ao final, que estamos quase pra completar nossa meta, é quando, ao sermos questionado pelas pessoas, ao pararmos em algum lugar, seja pra abastecer ou na porta de hotéis e nos perguntam para onde estamos indo, e ao dizemos que é pra os Estados Unidos, não mais perceber o espanto ou a surpresa das pessoas. Sinal que estamos pertos, que daqui onde estamos, já não é mais uma distancia impressionante. 

Porém, depois de chegar à Nova Orleans, ainda tenho mais um trecho importante pra concluir pois terei que embarcar minha moto em um avião em Miami, e teremos que ir rodando ate lá, e depois de descer em São Paulo, rodar sozinho ate Palmas por mais de dois mil quilômetros. Portanto ainda temos vários dias de companhia e “Garupa”.

Voltando onde paramos, depois de sairmos da Cidade de Leon na Nicarágua e passarmos pela fronteira, também muito conturbada e pobre com Honduras, perder mais 3 horas de tramitação com os documentos de sempre, cruzamos os 150 km ate a próxima fronteira com El Salvador, observando também e igualmente a mesma pobreza e sofrimento do povo desses pais, assim como no anterior.

Apesar de ver terra boa, muito verde, continuam as plantações de frutas e cereais, mas propriedades pobres, muitos animais na pista, soltos e pastando nas margens da rodovia, aqueles “Ciclos Táxis”, por todo lado e as tradicionais “Jardineiras”, coloridas, antigas, mas pobres.

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